Cine Bandeirante
A história do Cine Bandeirante começa muito antes do próprio cinema.
Niqvist
Nos anos 40, na continuação da linha férrea Great Western, existia um curral de animais (também conhecido como Cuscuz), onde acontecia uma tradicional feira de gado e o embarque dos animais pelo trem. No local deveria ser construída a Nova Igreja Matriz de Rio Branco, o que não se concretizou. Depois da transferência da feira de gado para o bairro do São Cristóvão foi construído o Cine Bandeirante, em 1947, no lugar onde existia o curral.
A construção de um novo cinema em Arcoverde foi motivo de repercussão em todo o estado, como vemos no recorte do Diário de Pernambuco, de 03 de junho de 1947.
Nos anos de 1955, foi inaugurada a Praça da Bandeira em volta do Cinema Bandeirante com arquitetura protomoderna local, transformando a cidade de Arcoverde em uma pequena metrópole do sertão pernambucano, tornando um dos pontos mais atraentes da região com seus lagos, patos e coretos espalhados pela praça, sendo lugar de convívio para jovens, adultos e crianças dos anos de ouro da cidade até hoje.
Entre os anos de 1964 e 1969 existiu a Rádio Bandeirante, tendo seus trabalhos finalizados em 1969 por ter o mesmo nome da rádio de São Paulo. No final do ano de 1969, é criado a rádio cardeal Arcoverde. No ano de 1982 os serviços do Cinema Bandeirante foram definitivamente desativados, mesmo sendo palco de várias memórias dos cidadãos arcoverdenses, com seus filmes de cowboy e grandes traços do imaginário popular como Rocky Lane e suas aventuras.
Com o passar dos anos existiram algumas tentativas de se devolver vida à edificação do Cinema Bandeirante, mas a cada reforma, a descaracterização fica maior, culminando em se tornar as Lojas Americanas, até hoje marcada pelo movimento de desenvolvimento ilusório do capital, que nos faz descaracterizar as lembranças da nossa história, aproximando os dados atuais àquilo que um dia já foi um curral para trocas e vendas de animais.
PARA CONHECER MAIS
Pessoas, artistas e convidados
Relembram as memórias
de Arcoverde.
Imaginário de Arcoverde
A artista visual Hévilla França expressa em suas ilustrações uma narrativa que mergulha no imaginário de Arcoverde, trazendo à tona as memórias daqueles que lá viveram.
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